O Entrudo

by: utiluisador

Antes de mais retiro o que disse sobre o colesterol no post passado... Foi um bocado parvo... Até porque vim a descobrir que ele afinal não é assim tão boa pessoa por isso não merece a nossa consideração, e vistas as coisas o sal às vezes sente-se sozinho e deprimido por isso usem-no à vontade... Desde já o meu sincero pedido de desculpas a ele...
Agora que tirei este peso dos ombros, vou começar...
Como estamos em época de isso mesmo, tinha pensado em criticar... a caça aos pinguins! Mas depois reparei que tal coisa não existe (excepto em jogos on-line ou com os gajos que gostam de atropelar freiras) e decidi-me pelo Entrudo...
É verdade! O Carnaval! Fiz a minha elaborada pesquisa (o primeiro site que me apareceu à frente) na Internet para aumentar a minha cultura acerca deste marco da História e deparei-me com esta descrição: “...no Entrudo português, onde, no passado, as pessoas jogavam uma nas outras, água, ovos e farinha.” ... Será que o Carnaval é afinal uma reconstituição de uma festa dos 25 anos de funcionamento das fábricas da Panrico?
Pelo elevado grau de parvoíce, continuei a pesquisa, e qual não é o meu espanto quando leio estas palavras: “Nos dias do Entrudo, o mundo era virado às avessas: o diabo andava à solta, a dança e os folguedos tomava conta dos corpos, os mascarados aterrorizavam as pessoas e os homens vestiam-se de mulheres.”
Ok, vamos por partes:
- “o diabo andava à solta” – Se as autoridades querem deixar o José Castelo Branco andar por aí sem vigilância, é com elas, mas depois não se venham queixar que o numero de suicídios aumenta...

- “a dança e os folguedos tomava conta dos corpos” – peço desculpa mas não sei o que são folguedos (qualquer dia faço um post sobre eles) mas acho que dançar nunca fez mal a ninguém, a não ser que sejam aquelas “danças” em que cada musculo do corpo é exercitado sem nunca sairmos dos sitio... Para terem uma ideia, é tipo aqueles bonecos insufláveis que estão às portas de oficinas de mecânica e dançam ao sabor do vento...

- “os mascarados aterrorizavam as pessoas” – por isso é que nos assaltos os assaltantes utilizam máscaras! Afinal não é para se esconder a identidade! O segredo está na máscara! Ou é isso ou é porque utilizam máscaras com a cara do Liedson...

- “os homens vestiam-se de mulheres” – eu considero este o maior problema... Porquê que os homens se mascaram de mulheres no Carnaval? Será que fazem deste dia um culto ao confessiomario? Sim porque no ano passado, depois de abordar uma pessoa na rua:
-“Desculpe, tem horas que me diga?”
-“Sim tenho”
-“Obrigado”
Continuei o meu caminho e é que passa por mim uma mulher com pelos no peito... Só depois percebi que era um familiar masculino do confessiomario e reparei que estava a usar um vestido igual ao que ele se queixava de ter perdido na semana anterior... Aproximei-me e perguntei civilizadamente a questão que me preencheu a mente quando reparei neste indivíduo, ao que ele respondeu “São 4 da tarde”...

Com isto me despeço...

P.S.- Este “p.s.” é totalmente dedicado à minha avó Sofia e ao “Arroz De Carne À Nossa Moda, Que Vistas As Coisas Afinal Tem É Peixe” que é tão gentilmente fabricado pela Escola Secundária de Leal da Câmara